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CONFAGRI: 07-05-2004 08:00
Fonte: Lusa

A Associação de Jovens Agricultores de São Miguel (AJAM) acusou hoje a empresa de lacticínios Bel de impor aos produtores restrições no volume de leite entregue na fábrica, que passa a estar sujeito a um limite mensal

O contrato com este objectivo foi apresentado esta semana a vários lavradores, adiantou o presidente da AJAM, ao realçar que a fábrica da ilha São Miguel do grupo Bel pretende deixar de receber o leite dos produtores que recusarem assinar o documento em causa.

 

Após uma audiência com o secretário da Agricultura dos Açores, Virgílio Oliveira salientou que esta «não é a forma mais correcta» de tratar produtores «competitivos» de leite da maior ilha açoriana, que «interessam ao mercado» de lacticínios pela qualidade da matéria- prima.

 

O responsável adiantou que o contrato impõe que as entregas de leite sejam contabilizadas «mensalmente até um determinado plafond [valor]», que corresponde à quota de cada produtor, acrescido de um direito de produção de trinta por cento.

 

Apesar de admitir a existência a necessidade de um contrato entre a produção e a indústria, o presidente da AJAM salientou que esse acordo deve «ser discutido» de forma a que se chegue a uma solução legítima para as duas partes.

 

No contrato, a Formageries Bel Portugal refere que as medidas pretendem «evitar a repetição de situações às verificadas na campanha de 2002/2003», em que «alguns produtores venderam leite além da sua quantidade de referência (quota comunitária atribuída)».

 

Além disso, a decisão tem o objectivo de «melhorar a gestão» da quota tanto ao nível dos produtores, como dos industriais, indica o documento.

 

A Bel comunicará aos produtores, mensalmente e por escrito, a «evolução das suas entregas», de modo a que estes possam «tomar as providências necessárias à boa gestão» da sua quota, evitando, assim, o pagamento de multas na campanha de 2004/2005 por excesso de produção.